Escola de Santa Luzia
A Carta de Lei de 6 de novembro de 1772, que instituiu o ensino primário oficial em Portugal, criando as escolas menores, criou 479 lugares para mestres de escrever, ler e contar, dez das quais na comarca de Guimarães, que se estendia pelos atuais concelhos de Guimarães, Fafe, Celorico de Basto, Felgueiras, Amarante e Vizela. A escola de Guimarães, apenas para meninos, começou a funcionar em 1774. O seu primeiro professor foi Domingos Pereira de Macedo, nomeado no dia 1 de março daquele ano. Passariam quase oito décadas até que o ensino público de primeiras letras para meninas começasse a funcionar em Guimarães. Corria o ano de 1852 e Ana Magna Moreira foi a sua primeira professora. Quando se chega ao início do século XX, estavam em atividade quatro escolas primárias públicas em Guimarães, funcionando em edifícios com poucas condições para corresponderem a uma procura crescente.
Nos últimos anos da monarquia foi-se consolidando a ideia de que o ensino primário da cidade de Guimarães se deveria concentrar num único edifício, projeto que a I República concretizaria. Em outubro de 1912, as Escolas Centrais de Guimarães já estavam instaladas no casarão da rua Francisco Agra, antiga residência dos viscondes de Santa Luzia, onde funcionou, até à extinção da Companhia de Jesus, na sequência da instauração a República, a Escola Apostólica da Santíssima Trindade, mais conhecida como Colégio dos Jesuítas.
Aquando da sua abertura, as Escolas Centrais de Guimarães foram apresentadas como um edifício modelar, que o jornal Alvorada descreveu assim:
“Amplos e magníficos salões, com muito ar e muita luz; recreios esplêndidos, um para os alunos de cada sexo, completamente separados, onde as crianças se podem exercitar em vários jogos recreativos e ao mesmo tempo educativos e instrutivos; confortáveis vivendas para todo o corpo docente, as nossas Escolas Centrais, sob o ponto de vista material, rivalizam com o que há de melhor no estrangeiro.”
Ao longo de mais de seis décadas, por esta escola passaram sucessivas gerações de vimaranenses que, quando recordavam os anos que lá passaram e o que lá aprenderam, lhe chamavam Universidade de Santa Luzia. Na década de 1970 foi substituída por duas novas escolas, uma situada nas imediações da Escola Secundária Martins Sarmento, a Escola das Piscinas, outra nas Quintãs, junto ao local onde desemboca a rua de Santa Luzia, junto ao curso do ribeiro com que partilha o nome.
A Escola EB1/JI de Santa Luzia está localizada na rua Teixeira de Pascoais, na freguesia de Azurém. Dispõe de quinze salas de aula, partilhadas por turmas do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, cantina, cozinha, biblioteca, um salão polivalente e um campo polidesportivo exterior. Em 2001 foi integrada no Agrupamento de Escolas Egas Moniz.
Projeto Educativo
A Carta de Lei de 6 de novembro de 1772, que instituiu o ensino primário oficial em Portugal, criando as escolas menores, criou 479 lugares para mestres de escrever, ler e contar, dez das quais na comarca de Guimarães, que se estendia pelos atuais concelhos de Guimarães, Fafe, Celorico de Basto, Felgueiras, Amarante e Vizela. A escola de Guimarães, apenas para meninos, começou a funcionar em 1774. O seu primeiro professor foi Domingos Pereira de Macedo, nomeado no dia 1 de março daquele ano. Passariam quase oito décadas até que o ensino público de primeiras letras para meninas começasse a funcionar em Guimarães. Corria o ano de 1852 e Ana Magna Moreira foi a sua primeira professora. Quando se chega ao início do século XX, estavam em atividade quatro escolas primárias públicas em Guimarães, funcionando em edifícios com poucas condições para corresponderem a uma procura crescente.
Nos últimos anos da monarquia foi-se consolidando a ideia de que o ensino primário da cidade de Guimarães se deveria concentrar num único edifício, projeto que a I República concretizaria. Em outubro de 1912, as Escolas Centrais de Guimarães já estavam instaladas no casarão da rua Francisco Agra, antiga residência dos viscondes de Santa Luzia, onde funcionou, até à extinção da Companhia de Jesus, na sequência da instauração a República, a Escola Apostólica da Santíssima Trindade, mais conhecida como Colégio dos Jesuítas.
Aquando da sua abertura, as Escolas Centrais de Guimarães foram apresentadas como um edifício modelar, que o jornal Alvorada descreveu assim:
“Amplos e magníficos salões, com muito ar e muita luz; recreios esplêndidos, um para os alunos de cada sexo, completamente separados, onde as crianças se podem exercitar em vários jogos recreativos e ao mesmo tempo educativos e instrutivos; confortáveis vivendas para todo o corpo docente, as nossas Escolas Centrais, sob o ponto de vista material, rivalizam com o que há de melhor no estrangeiro.”
Ao longo de mais de seis décadas, por esta escola passaram sucessivas gerações de vimaranenses que, quando recordavam os anos que lá passaram e o que lá aprenderam, lhe chamavam Universidade de Santa Luzia. Na década de 1970 foi substituída por duas novas escolas, uma situada nas imediações da Escola Secundária Martins Sarmento, a Escola das Piscinas, outra nas Quintãs, junto ao local onde desemboca a rua de Santa Luzia, junto ao curso do ribeiro com que partilha o nome.
A Escola EB1/JI de Santa Luzia está localizada na rua Teixeira de Pascoais, na freguesia de Azurém. Dispõe de quinze salas de aula, partilhadas por turmas do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, cantina, cozinha, biblioteca, um salão polivalente e um campo polidesportivo exterior. Em 2001 foi integrada no Agrupamento de Escolas Egas Moniz.
Projeto Educativo