Um ensino livre numa escola livre,
Um ensino para todos numa escola para todos; Só numa nação de todos, só num país livre. Santos Simões, 1968 O ano letivo de 2023-2034 decorre, no Agrupamento de Escolas Francisco de Holanda, sob o signo da liberdade daqueles que por ela lutaram, representados no exemplo de determinação e dignidade do cidadão Santos Simões, quando se assinala o centenário do seu nascimento. O calendário regista que em 25 de outubro de 2023 ficam a faltar seis meses para o cinquentenário do dia inicial inteiro e limpo onde emergimos da noite e do silêncio, recuperando a liberdade e iniciando o caminho para a democracia madura, mas ainda frágil, em que hoje vivemos. Assinala também a passagem de mais um aniversário sobre o dia de 1957 em que Joaquim António Santos Simões se apresentou na então Escola Industrial e Comercial de Guimarães para tomar posse do lugar de professor de Matemática que lhe fora atribuído. É hoje consensual a ideia de que a chegada de Santos Simões a Guimarães marca um momento de viragem e de transformação na vida cultural, política e social do burgo milenar fundado por Mumadona. Mas não se ignora que Santos Simões veio para Guimarães para ser professor na Escola Industrial e que aqui deixou, entre 1957 e 1992, uma marca que o tempo não apaga. É um dos nossos. Presidente do Conselho Diretivo no ano de 1984, em que se completou um século desde a fundação da Escola Industrial, Santos Simões fez questão de registar a homenagem que era devida à memória de todos quantos serviram esta escola. Disse então, no discurso inaugural das comemorações centenárias: Preste-se justiça a tantos professores e funcionários que ao longo destes cem anos compreenderam a dura luta travada por sucessivas gerações que, sem qualquer suporte cultural familiar, sem meios financeiros, vivendo em péssimas condições, ganhando salários miseráveis, encontraram nos professores a compreensão, incentivo e apoio que permitiu o triunfo de muitos, e nos funcionários não-docentes os companheiros de uma luta igualmente difícil e por isso melhor compreendida. Transcorridas quase quatro décadas, por deliberação do Conselho Pedagógico e do Conselho Geral, fazemos justiça aos nossos. 25 de outubro será, daqui para a frente, o dia da memória do Agrupamento de Escolas Francisco de Holanda, no qual serão homenageados os professores e funcionários que, em cada ano, completam o seu percurso ao serviço da educação nas nossas escolas. Porque só tem futuro quem tem memória. 25 de outubro, pelas 17h, auditório, do 3ºpiso. |
Intervenção do presidente do CG do AEFH
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